Pelos caminhos de Portugal - De Arcos de Valdevez até à aldeia do Sistelo

domingo, 11 de agosto de 2019
O fim de semana era livre, a família estava reunida e o plano era simples: repor os níveis de ar puro no organismo.
Lembrámo-nos que uma vez o homem cá de casa tinha ido fazer um trail à aldeia do Sistelo e que, apesar de nesse dia não ter dado para visitar nada, ficámos logo com vontade de voltar para explorar melhor a zona.

Como o plano não podia ser muito exigente fisicamente fizemos o seguinte:
Saímos do Porto em direcção a Arcos de Valdevez. Passámos pelo centro de carro porque já tínhamos tido oportunidade de conhecer a vila. Mas quem passar pela primeira vez por lá aconselho a caminharem ao longo das margens do rio porque a paisagem vale a pena.
Seguimos a estrada que liga Arcos à aldeia do Sistelo e parámos quando vimos uma placa a dizer "Ecovia". Acho que foi na terceira placa que vimos desde que passámos pelo centro da Vila. Queríamos conhecer um bocadinho da Ecovia do Vez. Ao todo são cerca de 32km ao longo do Rio Lima e do Rio Vez. E esta Ecovia liga Arcos ao Sistelo. Quem quiser pode fazer tudo seguido, ou então fazer por partes. Nós fizemos apenas 4km (ida e volta) e, apesar da distância ter sido tão pequena, o que vimos valeu muito a pena. Passámos por zonas agrícolas, cabras mochas, vacas, avestruzes, praias fluviais, pontes, passadiços de madeira, caminhos de terra batida e caminhos pedra. E se durante tão poucos km já vimos tanto, imaginem como valerá a pena fazer um percurso maior.




Para chegar à aldeia do Sistelo, considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal e classificada como Monumento Nacional, fomos de carro. E como já era hora do almoço e na mala levávamos o nosso farnel, o objetivo era procurar onde parar para podermos estender a toalha. A verdade é que ao longo da estrada que vai dar à aldeia existem várias zonas com mesas para se fazerem piqueniques mas estavam todas cheias ou então eram tão próximas das curvas da estrada que quando dávamos por elas, já não dava para parar. Acabámos por chegar ao centro do aldeia e as mesas que estavam disponíveis eram mesmo ao lado da zona onde está a "estátua" da aldeia. A vista vale muito a pena e o silêncio que se sente transmite uma calma inexplicável.
Comemos calmamente e depois fomos caminhar pelo centro da aldeia. Quem não quiser levar comida tem sempre a possibilidade de comer por lá. Existem pelo menos dois restaurantes. E também existe algum alojamento (eu vi dois).
No centro podem ver a igreja, o cemitério, algumas casa típicas e vários espigueiros. Ao longo da vista panorâmica também podem ver os famosos socalcos onde ainda existem zonas cultivadas.
Quem quiser caminhar e fazer trilhos existem várias opções com diferentes dificuldades, distâncias e elevações. Só têm de escolher o percurso que querem fazer e seguir as indicações de caminho certo, caminho errado, e volta a trás.
Nós escolhemos fazer o Trilho dos Passadiços - PR25 de apenas 1,8km mas que nos levou desde o centro da aldeia até às margens do rio. Começámos com uma descida bastante acentuada e com umas pedras jeitosas. Depois é preciso atravessar o rio para chegarmos aos passadiços de madeira que dão o nome ao trilho. Nesta altura do ano o rio está baixo e por isso não há qualquer problema. Mas em certas alturas do ano pode não ser possível fazer a travessia. No entanto existe outra forma de chegar aos passadiços (seguir a placa que diz ecovia). Ou quem quiser fazer menos distância, também pode optar por esse atalho.

Temos locais bonitos dentro do nosso país que merecem mesmo ser visitados. Este é sem dúvida um deles.





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