Marselha por um dia

domingo, 3 de março de 2019
O plano era simples: 4 dias entre Marselha e Nice e descansar não fazia parte do dicionário nesses dias.
Começámos a viagem com voo low cost direto do Porto para o aeroporto de Marselha.
Quando chegámos facilmente encontrámos no exterior uma zona onde estavam autocarros que levavam as pessoas até ao centro da cidade (o bilhete individual custa 8,30€). Uma das vantagens é que a paragem final do autocarro é a estação de comboios que fica muito perto do centro da cidade. A noite já se estava a pôr e por isso a primeira caminhada foi mesmo a pé até ao hostel. E foi nessa caminhada que tive as primeiras impressões da cidade. Achei que as ruas eram muito velhas, com muita sujidade e algumas ruas não aparentavam muita segurança. Mas claro que isto é uma impressão muito pessoal e a verdade é que não nos aconteceu nada no decorrer de toda a viagem.
No primeiro dia já não havia tempo para muito mais, a não ser jantar. Mas a caminho do restaurante, ainda passámos pelo bairro Le Panier que tem ruas muito coloridas, todas desenhadas e foi pena já termos apanhado as lojas todas fechadas. Pareceu ser um bom local para ser visitado ao longo do dia.



Para jantar, escolhemos o restaurante Abaco para experimentarmos o prato típico Bouillbaisse. O engraçado foi que, como esse dia era o dia dos namorados, já podem imaginar o cenário. Um restaurante pequeno com mesas de dois lugares cheias de casais e uma mesa central com seis pessoas. Eram apenas três empregados: um na cozinha, outro a servir e outro sabe-se lá a fazer o quê, porque não consegui perceber. O atendimento foi lento e a comunicação foi quase através de gestos porque a menina não falava inglês. O prato que escolhemos leva algum tempo a ser preparado e por isso quando a reserva foi feita, avisámos logo que iríamos experimentá-lo.
Quando vi o prato chegar à mesa, gostei do aspeto. Um prato com algumas variedades de peixe dispostas num molho. Quando provei é que comecei a ficar um pouco desiludida. O peixe até estava bem cozinhado e, em termos de textura, agradou-me. Mas não estava minimamente temperado. Nem o molho estava. Achei muito estranho aquilo não ter um sabor característico. Para acompanhar vieram umas tostas e um molho de alho que estava delicioso. Não fiquei maravilhada com o prato, mas lá está, isto de ir provar os pratos típicos também tem muito a ver com os locais. E claro que não sei se em outro restaurante seria melhor ou pior. Para sobremesa pedimos uma tarte merengada de limão. Quando vimos o empregado a cortá-la com uma pequena serra elétrica pensámos logo que aquilo nos ia parti os dentes. Mas não, a tarte estava boa e acabou por melhorar o jantar.



Começámos o segundo dia com um café com leite e um croissant delicioso e depois de carregar as energias começámos o passeio. Para tal, utilizámos um bilhete diário que custou 5,20€ e permitia andar de metro e de autocarro. Foi o melhor que fizemos porque através do google maps vimos que transportes precisámos e fizemos os trajetos de forma rápida e cómoda.
Começámos por ir até à zona do porto e nesse local para além dos barcos, também existe uma zona que tem um teto de espelhos. A seguir fomos de autocarro até ao Notre Dame de La Garde e, a não ser que queiram fazer uma bela caminhada cheia de subidas, o melhor é mesmo ir de autocarro. Não conseguimos visitar a igreja porque estava a decorrer um funeral. No entanto é uma excelente zona para ter uma vista espetacular sobre a cidade.








Quando voltámos a descer, em direção ao centro, parámos em Vallon des Auffes que é uma zona onde estão atracadas pequenas embarcações.
O destino seguinte foi o Museu da Civilização Europeia e o Fort Sain Jean e logo em frente está também uma roda gigante e a Catedral de la Major.




O que não falta à venda por Marselha, são os seus famosos sabões e por isso fomos visitar o museu do sabão MuSaMa onde pagámos 9€ pelo bilhete que incluía a visita e possibilidade fazer o nosso próprio sabão. Ficámos a saber que o sabão verde é feito com azeite e é utilizado para a pele. O branco é feito com os óleos de côco e palma e é utilizado nas roupas. Estes são os tradicionais, mas claro que depois existem algumas variações.



O dia já ia longo e para almoçar optámos por petiscar. E o que não faltam são locais para se poderem comprar baguetes com imensas variedades no recheio.
Depois fomos ver o Palais Longchamp situado no Parc du Palais. É uma zona bonita mas o jardim estava muito descuidado.


A última paragem foi mesmo a a estação de comboio Saint Charles onde apanhámos o comboio para Nice.
Continuamos a viagem?

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