Um casamento em Itália

sexta-feira, 14 de outubro de 2016
O plano a delinear parecia simples: 7 dias em Itália com uma ida a um casamento de amigos pelo meio. O tempo, esse,  é que parecia pouco! Não só pouco para o que se queria visitar como também pela distância que teríamos de percorrer para chegar ao local do casamento!


Itália era um país desconhecido para ambos e, uma vez que tínhamos de nos deslocar até lá para casar os amigos, queríamos aproveitar para conhecer o máximo.
O plano final ficou definido e esperava-nos uma semana entre Milão, Verona, Pordenone, Veneza, Bolonha, Florença, Bérgamo e Como. Carro alugado e um dia inteiro destinado ao casamento. E que casamento!

Em 2009 estudei meio ano em Madrid, através do programa Erasmus. Na primeira semana conheci um Argentino e uma Italiana que já trocavam os primeiros olhares. Desde então partilham os dois, uma das mais bonitas histórias de amor e união. E eu com eles, uma amizade que a distância nunca diminuiu.
Quando recebi o convite disse logo que sim e por isso sabia que ía ter de planear umas férias por Itália para fazer o género de um dois em um.

O carro foi alugado pela Axis porque, de todos os orçamentos, era o mais económico. Aterrámos no aeroporto de Malpensa e saímos logo de chave e carro na mão. 
Fomos de seguida em direção a Milão mas essa aventura fica para contar depois ;).

O casamento começou muito bem! A meio da manhã já estávamos a festejar de copo na mão um dia que seria em cheio num hotel nos arredores de Pordenone. A cerimónia e o copo de água foram no L’ultimo Mulino em Pordenone.
O espaço era deslumbrante, calmo e limpo. Digno de um verdadeiro conto de fadas. Mal chegámos ouvíamos logo o barulho da água do rio que por ali passava. A quantidade de árvores e o verde que se via fazia-nos sentir quase no meio de uma floresta encantada. E foi mesmo no centro da vegetação, numa zona cuidada com cadeiras e um altar improvisado que a cerimónia se deu.
Ir a casamentos deste género é realmente enriquecedor porque permite-nos conhecer novas culturas e novas tradições. Uma delas, que gostei particularmente, foi quando os noivos no final da cerimónia acenderam os dois uma vela como símbolo de união.



O almoço destacou-se! Porque está bem, nós aqui em Portugal e principalmente em algumas zonas do país, valorizamos muito a comida mas sobretudo a quantidade. Aqui foi diferente. Neste casamento começámos com umas mini entradas servidas em mesas de modo a que se pudesse petiscar e, já depois de sentados, foram-nos servidas três entradas (Antipasti) cada uma melhor que a outra! A quantidade não era aquele exagero a que muitas vezes estamos habituados cá por Portugal, mas era mesmo o suficiente para saborearmos, nos deixar bem compostos e ao mesmo tempo deixar espaço para podermos provar outras mais.
O menu principal era de peixe, e o menu de carne estava só destinado aos que não eram fãs de peixe.
Seguiram-se dois pratos principais, um segundo prato e pannacotta de sobremesa (não houve o habitual buffet).
O corte do bolo é muito semelhante ao que fazemos em Portugal.

(Timballo di piovra saltata con patate prezzemeolate e riduzione al balsámico)

(Salmone ai semi di papavero su crema allo zafferano)

(Gnocchetti di patate al gransoporo)

(Filetto di rombo in crosta di patate con sformatino di funghi autunnali e contorno di stagione)

Alguns pratos, incluindo a sobremesa foram devorados antes de qualquer foto.

As mulheres solteiras têm também direito a tentar a sua sorte na luta do ramo e o que achei giro foi que aos homens é lhes lançada uma lata que depois de ser apanhada é enchida com a respetiva garrafa de vinho (e não é um vinho qualquer).

Como casamento Italiano, não poderia faltar uma vespa!


Este foi o primeiro de alguns posts que vão contar a pouco e pouco as aventuras que tive por terras italianas, por isso estejam atentos porque peripécias e sabores não vão faltar ;)