Piódão, Fraga da Pena, Vouzela e Campia

sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Foi um fim de semana no início do Verão que eu e uns amigos decidimos incluir a Aldeia do Piódão, Fraga da Pena e Campia no roteiro. A escolha não teve nenhum objetivo em especial: queríamos pura e simplesmente passear e conhecer sítios interessantes!
Desde os tempos da faculdade que recebo alguns amigos em Viseu e a verdade é que, em relação a alguns, já não me é possível contar pelos dedos as vezes que cá vieram. E esta foi mais uma dessas visitas.

Se Viseu é uma cidade bonita, acolhedora e quente que se farta no Verão, eles já o sabem mais que bem. Por isso mesmo começámos por optar por sítios relativamente perto e que fossem novos, pelo menos para alguns.
Saímos por volta das dez da manhã de casa e demorámos cerca de hora e meia de carro a chegar ao Piódão (concelho de Arganil). Ao longo da subida (sim a parte final do percurso é sempre a subir uma vez que está situada na Serra do Açor) a vista foi alvo de reacções quase opostas: uns acharam muito muito bonita, outros ficaram com algum medo! Quando estávamos prestes a chegar à aldeia saltaram-nos à vista as casas em xisto e reparámos logo que muitas das janelas das casas eram pintadas de azul.








Como ainda era relativamente cedo encontrámos um lugar para estacionar o carro e fomos logo explorar a aldeia. Vimos logo o rio e uma zona que, em dias mais quentes e de maior quantidade de água, é fechada para criar uma espécie de piscina. Depois fomos explorar o interior da aldeia. Visitámos a igreja e em seguida fomos caminhar pela zona das casas. Achei particularmente interessante passar por aquelas casas em que temos a possibilidade de ver os seus donos no seu dia-a-dia, sobretudo de agricultura e perceber um pouco como é a vida daqueles que não estão ali só por passagem. E posso-vos dizer que da minha experiência, a gente local era simpática!

Quando chegou a hora de almoçar optámos por fazer um mini piquenique com o que tínhamos levado. Existe também uma zona (pequena vá) de restaurantes com comida típica, com sandes e produtos da região mas como tínhamos levado lanche e não tínhamos grande fome, acabámos por não experimentar nenhum.

Para depois do almoço não tínhamos nada combinado. Mas durante a manhã, enquanto andávamos no meio da aldeia, vimos umas setas que indicavam o nome de outras aldeias por ali perto. Decidimos então caminhar até à Foz d´Égua. Existem dois caminhos pedonais distintos até lá o que permite a quem está de visita passar por locais diferentes e ver paisagens diferentes. Nota que os caminhos são ambos muito difíceis de realizar. Mas, como alguns elementos do grupo tinham achado o caminho de ida puxado, achámos por bem não voltar pelo pior (sim, um deles é mais custoso que o outro). A paisagem manteve-se, vimos outra vez o rio e vimos uma ponte de madeira antiga onde infelizmente não se podia passar.





Quando regressámos a Piódão encontrámos, na zona principal onde estão as lojas e os cafés, uma multidão de motards e muita confusão! Achámos por isso que era a hora ideal para seguirmos viagem. 
A mais ou menos 40 minutos de carro estava Fraga da Pena, com cascatas naturais que permitem a quem quiser, banhar-se. Havia zonas para fazer piqueniques e uma vista que vale a pena parar para ver. Caminha-se bem por lá contudo ainda se têm que subir alguns degraus. Não íamos preparados para banhos, por isso, depois de termos visto tudo, iniciámos o regresso a Viseu.




No dia seguinte, depois do almoço fomos até Vouzela com a ideia de comprar os Pastéis de Vouzela ao café Central, que é o meu sítio de eleição. Parámos na zona principal de Vouzela mas o calor era tanto que seguimos logo viagem.




E o próximo destino foi Campia. E durante toda a tarde os meus amigos iam-me perguntando o que havia de interessante por ali. E eu, em tom de brincadeira, só respondia que em vez de um Cristo Rei, estava lá uma Crista Rei (não me perguntem porque lhe dei este nome). Assim que nos começámos a aproximar da zona, perceberam logo a ideia por detrás do nome.
Em Campia existe um monumento com mais ou menos 15 metros de altura que representa uma Virgem milagrosa a quem uma família devota pediu ajuda para a cura de um familiar atingido por uma doença grave.
Atrás da virgem milagrosa existe uma lagoa que abastece parte da freguesia. Aconselho a irem até ao miradouro e aproveitarem a paisagem.