Roteiro Gastronómico #42 Almeja - Porto

domingo, 2 de dezembro de 2018
Esta semana, a convite da Zomato e da marca d'Água, fui conhecer o Almeja num jantar em que o foco era a sustentabilidade e o ambiente.

A viagem ecológica (como a zomato designou) começou pela apresentação da marca d'Água que oferece às empresas ligadas, ou não, à restauração a possibilidade de terem água local purificada.
No caso específico da restauração, através de máquinas ligadas à água local, esta pode então ser purificada e colocada em garrafas reutilizáveis que respeitam o meio ambiente. Deste modo a água local é purificada, engarrafada e consumida no momento. Já para não falar que as empresas podem personalizar o estilo e logotipo das garrafas, poupam espaço no frigorífico e têm sempre o stock garantido.

Quanto ao restaurante Almeja, foi a primeira vez que o visitei. Está muito bem localizado, muito perto das estações de metro da Trindade e do Bolhão. O espaço é muito acolhedor. Tem uma zona de mesas logo à entrada, tem uma zona mais afastada e tem ainda uma zona exterior. A decoração tem alguns pormenores interessantes como o chão azul da zona onde ficámos que eu adorei e os candeeiros. Claro que, como estamos na altura do Natal, a entrada do espaço já está bem decorada com luzes led que lhe dão imensa graça. Tinham algumas paredes em pedra, as mesas eram de madeira e não tinham toalhas nem base para pratos. Eu especialmente gostei muito do apoio de madeira que tinham para os talheres.





Quanto ao menu servido, começámos com pão e o azeite Angélica que é um azeite virgem extra do Alentejo. O sabor é forte e dava a sensação de ser muito puro. A manteiga servida era caseira e tinha leite em pó tostado o que lhe conferiu um sabor engraçado. Eu pessoalmente, senti que a parte da manteiga que apanhava o pó sabia como que a salgado.
Como entrada foram-nos servidos uns cogumelos silvestres com tupinambo e limão. Gostei bastante da combinação. Para quem preferiu foi servido um creme de legumes com pó de beterraba. Quem provou adorou.






Como prato principal foi-nos servido em primeiro lugar um arroz negro com bacalhau fresco e salicórnica que tinha também um molho ao lado que me pareceu ser maionese. Eu adorei este prato. O arroz estava muito bem confeccionado, com a cozedura no ponto e o bacalhau tinha um sabor mesmo muito fresco.
De seguida foi-nos servido o prato de carne: porco bísaro com legumes de outono. A carne era muito macia e para além dos legumes também vinham cogumelos assados no forno a acompanhar.
A sobremesa era composta por abóbora, batata doce, gema e citrinos. Quando vi esta combinação no menu, não fazia a mínima ideia do que poderia ser. Quando fui servida e cheirei a sobremesa, senti o cheiro de farturas. A abóbora e a batata doce foram finamente cortadas e fritas. Também me pareceu ter alguma canela. Ficaram tiras muito crocantes e foi a combinação perfeita com a gema e os citrinos que estavam como base.





O chefe também falou um pouco sobre as vantagens do sistema de água que utilizavam e revelou que o facto de a água ser purificada no momento também ajuda na confeção de pratos em que se podem saltar passos necessários para, por exemplo, retirar cloro ou outras substâncias da água. A sustentabilidade não é só conseguida pela água mas também pela preocupação que o chef tem em utilizar cada vez mais produtos da época. Neste momento estão a fazer algumas alterações à carta no sentido de incluir ainda mais vegetais nas mesmas.

Fiquei muito contente (e a minha barriga também) por ter conhecido este espaço e irei com certeza voltar.



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