12Km Manteigas-Penhas Douradas

sexta-feira, 11 de março de 2016
Até há um ano atrás correr 3 ou 4 km chegava-me bem porque a corrida era solitária e não participava em provas.
E um dia aconteceu: também corres?! Então vem connosco, normalmente treinamos de manhã e de quando em vez vamos a uma ou outra prova.
E o bichinho lá apareceu.


Não tenho objetivos concretos de fazer esta ou aquela prova pelo menos uma vez na vida. Corro porque me sinto bem, participo em algumas provas porque me desafiam e puxam mais por mim e acaba sempre por ficar aquela vontade de dar mais um passo.

Terminei as corridas de 2015 com a S. Silvestre do Porto, que a quem tiver oportunidade, aconselho a fazer. É acessível para amadores como eu e o Povo do Norte apoia como ninguém.

2016 começou com: "Inscrevi-me mas não vou poder ir, queres ficar com a minha inscrição?"
E, sem ponderar muito e avaliar o percurso, respondi que sim aos 12km Manteigas-Penhas Douradas com caráter solidário (a APAV recebeu 1€ por cada participante inscrito).

No futuro, é muito provável que responda que não e admiro mesmo quem faz esta prova.


Posso perfeitamente descrever o trajeto como uma volta inicial pelas ruas de Manteigas em paralelos, e subida constante (ponham contante nisso!!) até ao alto das Penhas Douradas com três postos de abastecimento.


A minha opinião, que vale o que vale, é que esta é uma prova muita dura e minha cabeça em nada me ajudou pois desesperava por uma reta ou por uma subida menos íngreme onde pudesse recuperar um bocado. Como tal não aconteceu, abrandei o ritmo e comecei a caminhar. Foi nessa altura que encontrei e conheci a Cecília Almeida, que também em esforço, me acompanhou até ao final, ora a caminhar ora a correr. Porque desistir nunca foi opção!

E para mim correr é isto, é superar-me, é conhecer pessoas com coração, é correr com uma equipa em que o resultado não passa disso mesmo, de um resultado. E para mim, só assim é que vale a pena.
A paisagem, essa sim, foi a compensação.


Ouvi histórias de atletas profissionais que me encheram de orgulho, histórias de quem já ganhou a prova três vezes e ainda a continuam a fazer já sem teor competitivo.

No final, valeu o chá quente (uma vez que a organização peca pela falta de estruturas para os atletas se aquecerem à chegada) e a paragem no Sabugal onde se comeram uma boa bôla de bacalhau e pastéis de amêndoa que podem saborear nas Wolf Pastelarias em Viseu.

No regresso a casa o que tinha vindo a calhar era mesmo isto:


E, como não são só os sucessos que devem ser partilhados, segue-se a classificação geral. 
Apesar do resultado, até mora aqui algum orgulho por saber que fui das 29 atletas femininas a correr (vá, no meu caso, mais a caminhar) num total de 216 participantes.



A próxima corrida é já este Domingo! Depois conto tudo ;)