E o Vietname, que tal?

domingo, 29 de julho de 2018
Há muito para contar sobre a minha viagem ao Vietname. E eu não me quero esquecer de nada.
As escolhas que fazemos durante as viagens acabam por ser muito pessoais. Ajustamos as visitas e as atividades ao que mais gostamos e damos importância. Por isso, de certeza que vão haver coisas importantes que não vou falar, mas de certeza que também, haverão outras que vos poderão surpreender.

O destino, esse só o soube 1 dia antes da viagem. Entre escalas nos aeroportos fui fazendo pesquisas rápidas para não estar na ignorância total. Foram pesquisas muito gerais mas, de uma forma global, posso já dizer-vos que se tivesse que caracterizar o Vietname diria que é um país cheio de contrastes.

A viagem foi longa, não fosse o Vietname um país do Sudeste Asiático que faz fronteira com a China, Laos e Cambodja e quanto ao fuso horário são mais 7 horas do que em Portugal. O clima pode dividir-se entre a época de chuva que é de Maio a Outubro e a época de seca entre Novembro e Fevereiro.
Para entrar no país é preciso um visto. A primeira aprovação pode ser pedida online o que facilita o processo na chegada ao aeroporto. Depois lá eles emitem o visto. Ou seja, tivemos de pagar uma taxa pelo pedido online e outra taxa no aeroporto.

A moeda oficial é o Dong e 1€ equivale a mais ou menos 27 000 Dong. Foi giro andarmos cheios de notas e às vezes valerem cêntimos. Utilizámos o cartão bancário Revolut para evitar taxas mas mesmo assim em alguns ATM locais pagámos algumas taxas, apesar de serem baixas. Este cartão tem a vantagem de ser recarregável, de se poder utilizar em praticamente todos os locais do Mundo que tenham ATM, de utilizar a taxa de câmbio do momento e em muitos casos estão isentos de taxas.

Há uma rede de internet em praticamente todos os locais, no entanto nos hotéis por vezes a rede era fraca. Nós optámos por comprar no aeroporto um cartão SIM por nove euros que tinha 1 giga de internet e chegou perfeitamente para nos ajudar nos passeios durante a viagem.

Quanto à população, são perto de 92 milhões de habitantes (dados 2016) e existem 54 grupos étnicos reconhecidos. A língua oficial é o Vietnamita e é falado por cerca de 87% da população. As gerações mais velhas também sabem falar francês devido à ocupação francesa no país.
Já as gerações mais novas, e sobretudo aqueles que estão ligados ao turismo, sabem falar inglês.
A capital é Hanoi mas é a cidade de Ho Chi Minh quem domina a economia.




Nas viagens que faço, para além da comida que já sabem que é o que mais procuro conhecer, uma das coisas que adoro fazer é ficar a observar as pessoas locais e a tentar perceber os seus hábitos. Eu achei os Vietnamitas muito simpáticos, muito acessíveis e muito trabalhadores. Fiquei surpreendida porque apesar de ser um país pobre, eu estava à espera que fosse mais "terceiro mundo". As pessoas na rua andam sempre com chapéu e evitam ter extremidades como as mãos à mostra. Para eles ficar moreno não é sinal de beleza. Querem manter-se o mais claros possível. As senhoras mais velhas optam por, com o mesmo tecido, fazer umas calças e uma blusa. São tecidos frescos para aguentar a tosta que se sente por lá (mais ou menos 40ºC foi a temperatura que nos recebeu).
Achei as pessoas felizes apesar das dificuldades e isso foi sem dúvida um ensinamento.
Outra coisa que reparei é que praticamente não há afetos públicos entre um casais. Aliás, nós próprios e recém casados quase que nos sentíamos mal por dar a mão. Eles guardam essas coisas para quando estão em casa ou quem quer aproveitar mais na rua a namorar, fá-lo já depois do sol se pôr.






Um ritual que também achei interessante é que muitas das pessoas têm de se levantar cedo para ir trabalhar. E durante a viagem para o trabalho param nos vendedores da rua para comprar sopa, sumos, frutas e outras comidas que lhes sirvam para o pequeno almoço. Em algumas cidades praticamente não vimos super mercados. Existem sim muitos vendedores na rua e mercados locais. E isso agradou-me bastante. Claro que as condições de higiene não são as melhores e em grande parte das compras, para além do alimento pretendido, devem ir no saco uns extra tipos moscas e mosquitos.




Uma coisa que nos fartámos de ver pelo país todo foram as pagodas. São edifícios em que no interior muitas vezes encontramos um hall de entrada, um hall central e 1 altar principal, por norma, dispostos de forma ascendente. As pessoas locais, na sua maioria budistas, visitam as pagodas regularmente para rezar, pedir a benção e deixar oferendas como forma de agradecimento.
Dou-vos de conselho visitarem uma pagoda à noite, porque estão sempre muito iluminadas com a quantidade de velas que têm. Também é preciso ter cuidado com a roupa. Na maioria destes locais não se pode entrar calçado nem com os ombros e pernas à mostra.




Para a gastronomia acho que lhe vou dedicar um ou dois posts porque é merecido. Posso-vos já dizer que adorei a comida e que felizmente (ou infelizmente para a balança) nunca me caiu nada mal.
Ao todo conheci seis cidades do Vietname e ao longo dos próximos posts vou fala-vos detalhadamente sobre cada uma delas.